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Retinoblastoma: o que é, quais são os sintomas e tratamento

O retinoblastoma é o tumor ocular maligno raro, originário das células da retina, que pode acometer um ou ambos os olhos. Ele é mais comum em crianças do nascimento ou até os cinco anos de idade, segundo o segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). 

São registrados cerca de 250 novos casos todos os anos no país e as chances de cura, ao ser diagnosticado precocemente, é de 90%.

O que causa o retinoblastoma?

O retinoblastoma é causado por uma mutação em um gene do cromossomo 13. Em crianças saudáveis, esse gene impede a formação de tumores, mas quando ele está alterado, as células tumorais ficam livres para se desenvolver e gerar o retinoblastoma.

Outra causa é hereditária, quando a criança já nasce com o gene danificado, o que faz o tumor se desenvolver em ambos os olhos. A hereditariedade ocorre em aproximadamente 40% dos casos de retinoblastoma, de acordo com o GRAACC. 

Quais são os tipos?

  • Retinoblastoma unilateral: onde o tumor se desenvolve em apenas um dos olhos, sendo o mais comum e surge de forma esporádica. 
  • Retinoblastoma bilateral: afeta ambos os olhos, e na maior parte das vezes, sua causa é hereditária. Desta forma, os casos são diagnosticados precocemente, com menos de 1 ano de idade. 
  • Retinoblastoma PNET (Tumor Neuroectodérmico Primitivo): atinge somente crianças afetadas pelo câncer bilateral, e nesse caso, há a formação de um tumor nas células nervosas primitivas do cérebro. 

Retinoblastoma é grave?

Por se tratar de um tumor maligno é bastante grave, mas há cura. No entanto, se não tratado cedo pode se espalhar além dos olhos, afetando outras partes do corpo, como o cérebro e a espinha dorsal. Uma forma mais avançada desse câncer pode ser um risco para a vida do paciente.

Sintomas

Um dos sinais mais comuns que ocorre em cerca de 60% dos casos, de acordo com informações do GRAACC, é um reflexo anormal da pupila quando exposta à luz. Torna-se uma espécie de “brilho branco”, conhecido como leucocoria, no qual é possível ver uma sombra branca no fundo do olho da criança em fotos tiradas com flash, por exemplo. Além disso, é comum que a criança apresente estrabismo (olhos apontando para direções diferentes), dor e vermelhidão ocular, visão ruim ou heterocromia.

Conforme o câncer se desenvolve, outros sintomas podem surgir, como dores nos olhos, aumento do globo ocular, perda parcial ou total da visão e dores de cabeça.

Caso você perceba algum dos sintomas acima ou tenha histórico de retinoblastoma na família, procure um pediatra o mais rápido possível.

Diagnóstico

Na grande maioria das maternidades e consultórios de pediatria ou oftalmologista, é realizado o teste do olhinho. Esse exame busca justamente avaliar o reflexo pupilar e diagnosticar precocemente doenças como o retinoblastoma. 

Um oftalmologista solicitará exames para fazer o diagnóstico, começando por uma avaliação feita na hora para determinar a existência de um tumor. Se houver confirmação, o médico irá solicitar exames de imagem para ver o desenvolvimento do retinoblastoma, e se há o risco de afetar também áreas próximas aos olhos. 

Quando o retinoblastoma ainda não está avançado, cerca de 90% das crianças têm preservada a visão do olho afetado após o tratamento. Em lesões mais graves, esse número pode cair para 10-15%.

Tratamento

O objetivo do tratamento do retinoblastoma é controlar o crescimento do tumor e preservar a visão da criança, o que pode ser feito com radioterapia, quimioterapia ou cirurgia.

A radioterapia é excelente para controlar o tumor localmente, mas pode atrapalhar o crescimento ósseo da criança e aumenta o risco de surgimento de outros cânceres no futuro. Por isso, a quimioterapia costuma ser inicialmente o tratamento de preferência, permitindo a destruição do tumor ou facilitando sua remoção cirúrgica.

A cirurgia de enucleação (retirada completa do olho), só é realizada em casos onde não há mais a possibilidade de preservação da visão ou em casos que não houve resposta aos outros tratamentos.

Novas opções de tratamento baseadas em pequenos procedimentos cirúrgicos são a crioterapia, que congela a lesão tumoral até que haja a formação de uma cicatriz no local, e a fotocoagulação, que destrói as células tumorais por meio da coagulação.

Com um bom acompanhamento médico e tratamento adequado, as crianças com retinoblastoma pouco invasivo têm uma chance de cura extremamente alta, de até 90%.

Após o tratamento é fundamental a continuidade do acompanhamento pelo oftalmologista, a fim de saber se o câncer voltou a crescer. Além disso, é importante ficar atento ao surgimento de qualquer novo sintoma ocular, como redução de acuidade visual ou desalinhamento dos olhos, e sempre procurar o médico nessas situações.

Como todo câncer, o retinoblastoma assusta, mas se tratado cedo e da forma correta a criança pode ter uma vida sem complicações. Visitas regulares ao pediatra e acompanhamento com outros especialistas são fundamentais para diagnosticar precocemente doenças e problemas, e assim, o tratamento será mais efetivo.

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