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Variações na Telemedicina 4.0

O termo “Saúde 4.0” se refere à integração da tecnologia da informação (TI) com a manufatura e o setor de serviços (atendimento online e logística), no setor de saúde.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Saúde 4.0 expande o conceito de e-Saúde para incluir consumidores digitais, abrangendo smart-devices e equipamentos conectados à internet.

O conceito também abrange outros usos da tecnologia na saúde, como a Internet das Coisas (IoT), Inteligência Artificial (IA), Big Data e Robótica.”

A Ampla Visão da Saúde 4.0 pela OMS

Nesse contexto, está inserida a telemedicina, que também segundo a OMS, pode ser definida como a prestação de serviços de saúde à distância por profissionais da área, usando Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), para o intercâmbio de informações válidas para o diagnóstico, tratamento, prevenção, pesquisa, educação continuada e promoção de saúde dos indivíduos e suas comunidades.

A temática da telemedicina vem sendo discutida desde a década de 1990 no Brasil. Em 2018, foi aprovada a primeira norma oficial do CFM (Conselho Federal de Medicina) com a devida liberação de teleconsultas, mas que foi revogada em poucos dias. Entretanto, em 2020 o Ministério da Saúde e o CFM autorizaram a ampla prática da Telemedicina no Brasil.

Telemedicina na era da pandemia: benefícios e necessidades emergentes

A nova realidade imposta pela pandemia do Covid-19, evidenciou a necessidade urgente de avanços nesse cenário, além disso, foi possível observar os inúmeros benefícios acerca da telemedicina.

Por exemplo, a resolução de filas de espera para atendimentos ou exames especializados, diminuição da superlotação dos serviços de saúde, garantia ou melhoria de acesso em locais em que há escassez de serviços de saúde, aumento da qualidade assistencial, menos deslocamentos de pacientes e profissionais, monitoramento à distância, redução do tempo para resolução dos problemas em saúde, diminuição de custos diretos (recursos humanos, deslocamentos) e indiretos (carga de doença, tempo), ampliação do acesso à especialistas, identificação e encaminhamento precoce frente às urgências, ampliação do acompanhamento de casos especiais, como de doenças crônicas, gestações e idosos.

A telemedicina possui algumas variações, incluindo:

Teleconsulta: é a realização de consulta médica (ou por outro profissional de saúde) a distância por meio de tecnologia de informação e comunicação, ou seja, é interação a distância entre profissional de saúde e paciente, além disso, com a utilização de dispositivos médicos remotos é possível monitorar parâmetros de saúde, como pressão arterial, frequência cardíaca, entre outros.

Teleconsultoria: consulta registrada e realizada entre trabalhadores, profissionais e gestores da área de saúde, por meio de instrumentos de telecomunicação, com o objetivo de esclarecer dúvidas sobre procedimentos clínicos, ações de saúde e questões relativas ao processo de trabalho através de contato remoto.

Telediagnóstico: é utilizado para emissão de laudos médicos à distância.

Telecirurgia: realização, a distância, de cirurgia (ou procedimento) por um cirurgião, por meio de um sistema robótico; conhecida como cirurgia remota (remote surgery).

Telemonitoramento: monitoramento a distância de parâmetros de saúde e/ou doença de pacientes, incluindo a coleta de dados clínicos do paciente, sua transmissão, processamento e manejo por um profissional de saúde por meio de um sistema eletrônico.

Teleorientação: se referem aos atendimentos destinados apenas a sanar dúvidas, realizar recomendações e orientações em saúde dos profissionais de saúde aos pacientes.

Teleducação: conferências, aulas, cursos, ou disponibilização de objetos de aprendizagem interativos sobre temas relacionados à saúde ministrados a distância.

A telemedicina 4.0 também permitiu a aplicação de aplicativos de saúde que possibilita aos pacientes a automonitorização da saúde, assim, os pacientes podem registrar seus sintomas e suas informações com os profissionais de saúde, contribuindo para o processo de autocuidado.

Além do mais, através do armazenamento de dados, é possível obter todas as informações dos pacientes, como prontuário, exames, laudos médicos, em um só lugar, facilitando compartilhamento e as discussões entre os profissionais.

Atualmente os atendimentos via telemedicina também se expandem para outras áreas profissionais, como enfermagem, psicologia e nutrição, favorecendo a prestação de assistência em saúde de qualidade e integral, atendendo às necessidades individuais de cada paciente.

Nesse contexto, é colocado um foco importante na prevenção e promoção de saúde, através de um monitoramento contínuo dos pacientes. Através da telemedicina, é possível aproximar e expandir o contato com os pacientes, tornando a saúde mais acessível, eficaz e individualizada.

Mesmo com as inúmeras vantagens apresentada pela telemedicina 4.0, ainda há obstáculos e desafios a serem superados. Mesmo assim, as mudanças são evidentes, prometem ter evolução rápida e constante, e por isso, espera-se que cada vez mais a sociedade abrace as inovações que têm por objetivo melhorar o nosso sistema de saúde e a qualidade de vida da população.

Referências

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HARZHEIM, E. et al. Guia de avaliação, implantação e monitoramento de programas e serviços em telemedicina e telessaúde. São Paulo: REBRATS, 2018.

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