NR1, riscos e saúde mental

Por que o tema saiu do jurídico e caiu no colo do RH

Saúde mental deixou de ser “assunto paralelo”. A pesquisa Global Health Service Monitor 2023, da Ipsos, mostra que 52% dos brasileiros enxergam a saúde mental como o principal problema de bem-estar do país. No cenário global, a mesma pesquisa aponta a saúde mental como o maior problema de saúde, à frente de câncer e covid-19.

Ao mesmo tempo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou um aumento de 25% na prevalência global de ansiedade e depressão no primeiro ano da pandemia de covid-19.Organização Mundial da Saúde+1

Esse pano de fundo explica por que:

  • a NR-1 foi atualizada para incluir, de forma explícita, os riscos psicossociais no Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO);
  • a Lei 14.831/2024 criou o Certificado Empresa Promotora da Saúde Mental, reconhecendo empresas que adotam políticas efetivas de cuidado emocional.Planalto+2Senado Federal+2

Para o RH e a Gestão de Pessoas, isso deixa de ser um tema “apenas de SST ou jurídico” e passa a ser estratégia de gente, cultura e finanças.

O que mudou na NR-1 em relação à saúde mental

A Portaria MTE nº 1.419/2024 aprovou uma nova redação do capítulo 1.5 da NR-1, reforçando o Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) e incluindo fatores de risco psicossociais relacionados ao trabalho na avaliação de riscos.Serviços e Informações do Brasil+2LegisWeb+2

Na sequência, a Portaria MTE nº 765/2025 prorrogou o início da vigência dessa nova redação para 25 de maio de 2026, para que as empresas se organizem melhor.

Em resumo, a NR-1 agora exige que o PGR:

  • identifique perigos, incluindo fatores psicossociais;

  • avalie e classifique esses riscos;

  • planeje e implemente medidas de prevenção;

  • mantenha registros e monitore continuamente a eficácia das ações.

Isso obriga as empresas a sair da lógica de ações pontuais (palestras soltas, campanhas isoladas) e partir para programas estruturados, com diagnóstico, plano de ação e indicadores.

Riscos psicossociais: traduzindo o conceito para o dia a dia

O próprio material do MTE e as apresentações da Clude sobre NR-1 definem os riscos psicossociais como fatores presentes no trabalho que prejudicam a saúde mental das pessoas.

Na prática, isso inclui:

  • sobrecarga de trabalho e metas inalcançáveis;

  • falta de suporte organizacional e de clareza de papéis;

  • conflitos interpessoais constantes;

  • assédio moral ou sexual;

  • choque permanente entre trabalho e vida pessoal.

Do ponto de vista de RH, esses riscos costumam aparecer em indicadores como:

  • aumento de afastamentos por transtornos mentais;

  • turnover concentrado em algumas áreas;

  • clima organizacional tóxico;

  • crescimento de denúncias formais e informais.

Por que o RH precisa liderar esse assunto

A combinação de NR1, Lei 14.831 e dados globais de saúde mental coloca o RH no centro da estratégia:

  • A Ipsos mostra que metade dos brasileiros vê a saúde mental como principal problema de bem-estar.

  • A OMS aponta que a pandemia elevou em 25% a prevalência de ansiedade e depressão no mundo.

  • O material da OMS indica que pessoas mentalmente saudáveis podem ser até 12% mais produtivas, e quem faz terapia regularmente aumenta presença no trabalho e qualidade das relações.

Ou seja:

  • não cuidar da saúde mental é risco jurídico, humano e financeiro;

  • cuidar bem é diferencial competitivo, melhora produtividade e reduz absenteísmo.

A NR1 deixa claro que gerenciar riscos psicossociais é mais do que “evitar multa”: é construir ambientes saudáveis, engajados e produtivos.

Como organizar a casa antes de buscar um parceiro

Antes mesmo de falar de solução, vale um checklist rápido para RH, SST e Jurídico:

  1. Mapeie o que já existe

  • Há pesquisa de clima com recorte de saúde mental e assédio?
  • Existem dados consolidados de afastamento por transtornos mentais?
  1. Veja se o PGR “enxerga” os riscos psicossociais

  • Os fatores psicossociais estão descritos no inventário de riscos?
  • Há plano de ação específico para esses riscos?
  1. Analise seus canais de escuta

  • A empresa tem canal de denúncias anônimo para assédio e violência organizacional?
  • O protocolo de apuração protege quem denuncia?
  1. Conecte tudo isso ao plano de gente

  • Saúde mental está na pauta da alta liderança?
  • Há metas claras ligadas a clima, absenteísmo e rotatividade?

Para dar o próximo passo, contudo, não basta ter clareza do problema: é preciso um caminho estruturado. É aqui que entra o SafeMind, solução da Clude pensada para apoiar o RH na gestão de riscos psicossociais, alinhando NR-1, Lei 14.831 e cuidado real com as pessoas — sem transformar tudo em mais burocracia.No próximo conteúdo, vamos aprofundar como o SafeMind funciona na prática e de que forma ele ajuda sua empresa a sair das ações pontuais e construir, de fato, uma jornada contínua de promoção de saúde mental no trabalho.

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