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Relação entre dieta e a produção de dopamina

A alimentação tem um papel crucial na saúde mental e emocional, e este vínculo tem sido cada vez mais objeto de estudo. Qual a relação entre dieta e a produção de dopamina? Importante destacar, a dieta pode influenciar diretamente os processos neuroquímicos do cérebro. Por conseguinte, os nutrientes consumidos podem afetar tanto a produção quanto a regulação de neurotransmissores, essenciais para o humor e a função cognitiva.

A dieta desempenha um papel vital nos processos neuroquímicos do cérebro

A dopamina é um neurotransmissor essencial para o funcionamento adequado do sistema nervoso central, desempenhando um papel importante para funções cognitivas e comportamentais. Nesse sentido, em muitos casos a qualidade da dieta pode interferir de forma positiva ou negativa na produção de dopamina. 

Este neurotransmissor participa da regulação das sensações de prazer e do sistema de recompensa. Curiosamente, o sistema de recompensa é ativado quando ocorre a liberação da dopamina. Ademais, a liberação da dopamina pode estar associada a atividades relacionadas à alimentação, variando até a prática de exercícios físicos.

Alimentos ricos em tirosina impactam na síntese desse neurotransmissor

Pesquisas vem demonstrando que alimentos específicos podem impactar na produção de dopamina, ou seja, a relação entre dieta e a produção de dopamina são efetiva, como por exemplo, alimentos que são ricos no aminoácido tirosina podem promover o aumento da síntese deste neurotransmissor.
Alimentos fontes de tirosina: banana, abacate, chocolate amargo, ovos, queijos e peixes.

O consumo isolado de carboidratos simples gera picos rápidos e quedas abruptas

Entretanto, o consumo de carboidratos também pode gerar elevação do nível de produção de dopamina, mas está associado ao sistema de recompensa. O consumo de carboidratos simples de forma isolada gera um aumento de glicose, acarretando um aumento de insula de forma rápida, aumentando a produção de dopamina e promovendo uma sensação de prazer, porém ocorre uma queda brusca, devido a velocidade de absorção. 

E esse ciclo, ocorrendo repetidas vezes, pode ativar o sistema de recompensa e prazer. Como resultado, o indivíduo sente a necessidade de consumir estes alimentos que promoveram esta sensação momentânea de prazer.

Esse ciclo pode se assemelhar ao comportamento associado ao vício e, nesse sentido, acarretar ao excesso de peso caso aconteça a longo prazo.

Uma dieta equilibrada estabiliza a liberação de dopamina

Por outro lado, uma dieta equilibrada e rica em nutrientes essenciais, como proteínas, gorduras saudáveis, fibras e carboidratos complexos, pode contribuir para uma liberação mais estável de dopamina. Essa estabilidade pode estar relacionada a um humor mais equilibrado, melhor aplicação e redução do risco de comportamentos alimentares compulsivos. 

Baixos níveis de dopamina têm sido associados a distúrbios, como depressão e ansiedade, por outro lado, níveis excessivos de dopamina estão relacionados a condições como esquizofrenia e transtorno bipolar. 

Optar por uma dieta balanceada, que inclua uma variedade de nutrientes essenciais, pode influenciar especificamente o sistema de recompensa cerebral e promover um bem-estar emocional mais estável.

Consulte profissionais para orientações sobre alimentação e dopamina

Busque por profissionais capacitados para obter orientações sobre a relação entre dieta e a produção de dopamina . Priorizar uma dieta equilibrada e variada, que promova a produção e regulação saudável da dopamina, pode ser um passo significativo para melhorar o bem-estar emocional e mental. 

Referências: 

Volkow, ND, Wang, GJ e Baler, RD (2011). Recompensa, dopamina e controle da ingestão alimentar: implicações para a obesidade. Tendências nas ciências cognitivas, 15(1), 37-46. 

Wurtman, RJ e Wurtman, JJ (1995). Serotonina cerebral, desejo por carboidratos, obesidade e depressão. Pesquisa sobre obesidade, 3(S4), 477S-480S. 

Colantuoni, C., Schwenker, J., McCarthy, J., Rada, P., Ladenheim, B., Cadete, JL, & Schwartz, GJ (2001). A ingestão excessiva de açúcar altera a ligação aos receptores de dopamina e opioides mu no cérebro. Neurorreport, 12(16), 3549-3552. 

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