A varíola dos macacos é considerada uma zoonose, ou seja, o vírus é transmitido aos seres humanos a partir de animais.
Possui sintomas muito semelhantes aos observados em pacientes com varíola humana, embora seja clinicamente menos grave.
Antes de mais nada, lembramos que a varíola humana é uma doença infecciosa que é considerada como erradicada pela Organização Mundial da Saúde desde os anos 80.
Nessa década houve a realização de uma campanha de vacinação em massa, que envolveu o mundo inteiro.
O termo varíola dos macacos não reflete exatamente a origem do vírus, embora tenha se tornado seu nome mais popular.
Transmissões e sintomas
A varíola dos macacos é transmitida tradicionalmente por contato direto ou indireto com sangue, fluidos corporais, lesões na pele ou mucosas de animais infectados.
A transmissão da varíola ocorre de um indivíduo para outro através do contato próximo pele-a-pele com secreções infectadas, por meio de materiais contaminados recentemente e por gotículas respiratórias.
Na maior parte dos casos, a infecção não é letal, mas pode se manifestar de forma mais grave em pessoas com comorbidades.
Os sintomas iniciais são: mal estar, febre súbita, calafrios, fadiga, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas e aumento dos linfonodos na região do pescoço.
No geral, após um a três dias após esses sinais e sintomas, aparecem lesões avermelhadas na pele. Essas lesões surgem inicialmente no rosto e espalham para outras partes do corpo acompanhadas de coceira.
A erupção da varíola do macaco na pele passa por diferentes estágios. As lesões endurecem e tornam-se dolorosas, logo depois enchem-se com um líquido claro e depois com pus, e por fim, desenvolvem crostas.
Vale ressaltar que o contágio pode acontecer até que a pessoa contaminada apresente cicatrização completa das lesões.
Emergência de saúde pública global
No sábado dia 23 de julho, a Organização Mundial da Saúde declarou que a varíola dos macacos agora é considerada uma emergência de saúde pública global.
De acordo com o diretor da OMS, se trata de um surto que se espalhou pelo mundo rapidamente.
Sabe-se de novos modos de transmissão, sobre os quais entendemos pouco e que atende aos critérios do Regulamento Sanitário Internacional, por isso essa classificação.
Em suma, o uso de máscaras e o distanciamento social são formas de evitar a transmissão da varíola dos macacos.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforçou a adoção dessas medidas, frisando que elas também servem para proteger contra a Covid-19.