NR-1 Psicossocial: Desafios e Soluções, a nova orientação coloca os riscos psicossociais no centro do GRO/PGR, exigindo que o RH identifique, avalie, controle e registre fatores ligados a saúde mental corporativa.
Assim, a empresa foca em assédio e violência no trabalho, estresse ocupacional, organização do trabalho, sobrecarga, segurança psicológica e clima organizacional, mantendo evidências auditáveis e melhorias contínuas.
O que a NR-1 exige
Agora, o gestor de RH precisa tratar riscos psicossociais como parte viva do inventário de riscos e do plano de ação. Portanto, você deve:
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mapear fatores psicossociais por setor, função e turno;
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avaliar intensidade e probabilidade com questionário de risco psicossocial e dados de absenteísmo;
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priorizar assédio moral/sexual, violência, ritmo/meta, autonomia e suporte da liderança;
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implementar controles organizacionais e políticas antiassédio;
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medir resultados e reavaliar periodicamente.
Além disso, a Lei 14.831/2024 (Empresa Promotora da Saúde Mental) reforça governança e incentiva programas com métricas.
Avaliação psicossocial: método prático
- Passo 1 — Descoberta dirigida: levante estressores organizacionais (carga/ritmo, metas, autonomia, previsibilidade), fatores relacionais (respeito, apoio, conflitos) e eventos críticos (assédio, violência). Além disso, estratifique por unidade/turno/terceiros para enxergar variações locais.
- Passo 2 — Medição e priorização: aplique questionário de risco psicossocial e cruze com absenteísmo, rotatividade, atestados, queixas e NPS interno. Portanto, classifique em baixo/médio/alto e monte uma matriz impacto × probabilidade.
- Passo 3 — Plano de ação psicossocial: defina controles organizacionais (ajuste de carga, pausas, previsibilidade), controles comportamentais (formação de líderes, feedback, mediação) e controles de suporte (acolhimento, orientação breve e encaminhamento). Assim, cada ação terá responsável, prazo, KPI e evidência.
- Passo 4 — Verificação e comunicação: monitore indicadores psicossociais, publique resultados em linguagem simples e reavalie trimestralmente. Em paralelo, mantenha um repositório versionado com inventário, plano, relatórios e trilhas de auditoria.
Controles que funcionam (foco em organização do trabalho)
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Política antiassédio e anti-violência com canal de denúncia seguro, SLA e retorno ao denunciante.
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Treinamento de lideranças em prevenção de assédio, conversa difícil, feedback e gestão de carga.
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Revisão de metas e ritmos, inclusão de pausas e previsibilidade da jornada.
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Aumento de autonomia e participação do time nas decisões que impactam o trabalho.
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Apoio psicossocial (acolhimento, orientação breve, encaminhamento) com trilhas de comunicação para reduzir estigma.
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Monitoramento contínuo de segurança psicológica e clima em ciclos curtos.
Além disso, padronize POPs e checklists para garantir repetibilidade e cobertura em todas as unidades.
Indicadores psicossociais para comprovar conformidade
Meça o que reflete risco e resposta:
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% de áreas com risco médio/alto em fatores psicossociais.
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Taxa de relatos qualificados de assédio/violência e tempo médio de resposta.
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Variação de previsibilidade de jornada e percepção de carga (antes vs. depois).
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Acesso e aderência ao apoio psicossocial; taxa de encaminhamentos resolvidos.
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Segurança psicológica e clima (itens de respeito/apoio/voz ativa).
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Absenteísmo e rotatividade em equipes sob intervenção.
Assim, você prova eficácia, prioriza recursos e alimenta revisões do PGR.
Documentação essencial (apenas psicossocial)
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Inventário de riscos psicossociais por setor/função/turno, com critérios e evidências.
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Plano de ação psicossocial com controles, responsáveis, prazos e KPIs.
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Política antiassédio e anti-violência + canal de denúncia documentado.
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Registros de participação (escutas, workshops ou palestras, devolutivas e pactos de melhoria).
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Relatórios de reavaliação trimestral com decisões e próximos passos.
Portanto, mantenha tudo em um repositório único, versionado e com trilhas de auditoria para inspeções.
Erros que derrubam conformidade (e ranking)
Confundir psicossocial com ergonomia física; focar só em campanhas e ignorar mudanças de processo; não registrar evidências; omitir participação dos trabalhadores; delegar tudo ao jurídico sem envolver lideranças e RH. Logo, trate o psicossocial como gestão do trabalho e das relações, e não como ação pontual.
Foco, evidência e melhoria
Reforçando o recado de NR-1 Psicossocial: Desafios e Soluções: concentre-se nos fatores psicossociais, trate assédio/violência com tolerância zero, ajuste organização do trabalho, documente evidências e reavalie com indicadores. Assim, você cumpre a norma, reduz riscos legais, protege pessoas e impulsiona resultados, com saúde mental corporativa no centro da estratégia.