Impacto emocional da Diabetes Mellitus tipo 1 na infância

A Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1) é uma das doenças infantis crônicas mais comuns. Essa condição consiste em um quadro permanente de hiperglicemia, fazendo com que a reposição de insulina seja necessária para a manutenção da vida.

Em relação aos sintomas, alguns são vontade de urinar frequentemente, perda de peso, fraqueza, fadiga, mudanças de humor, náusea, vômito, entre outros.

O tratamento, por sua vez, constitui em uma rede complexa de cuidado, envolvendo mudanças significativas na rotina, hábitos de vida, modificações na alimentação, prática de atividades físicas, controle de glicemia e aplicações de insulina.

No entanto, é um tratamento difícil para crianças e adolescentes, pois exige uma adaptação e um estímulo ao autocuidado, o que pode variar de acordo com a idade da criança e suporte oferecido.

Desafios do Tratamento para Crianças e Adolescentes com DM

Além disso, o adoecimento infantil também pode ser um processo desafiador para os familiares que os acompanham, cuja participação, suporte emocional e educacional em relação às atividades diárias são extremamente importantes no tratamento.

É essencial que, primeiramente, o acolhimento das dificuldades, desafios e sentimentos de sofrimento das crianças por parte dos cuidadores ocorra. Dessa forma, o tratamento transcorrerá da melhor forma possível, resultando em menores impactos biopsicossociais e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida para as crianças.

O Papel dos Familiares no Processo de Adoecimento Infantil

Em relação aos desafios específicos na diabetes na infância, um deles é a reeducação alimentar. Isso ocorre pois, por exemplo, crianças com DM1 que convivem com outras crianças que não possuem DM1, muitas vezes, querem comer as mesmas coisas. Consequentemente, isso frequentemente envolve doces, gerando um desafio adicional para o controle da dieta das crianças com DM1.

Tal situação pode afetar a saúde mental da criança, por se cobrar demais ou se sentir culpado por comer quando não deveria, impactando nos momentos de lazer, socialização e ambiente escolar.

Outro fator relevante a se considerar, além disso, é que pode ser gerador de sofrimento emocional, angústia, medo e insegurança tanto por parte da criança, quanto por parte da família. Além disso, a internação hospitalar e os procedimentos que podem ser dolorosos também são aspectos importantes a serem mencionados.

Isso ressalta, mais uma vez, a importância do suporte e da comunicação clara e afetuosa para com as crianças.

Convivendo com uma Doença Incurável: Impactos na Saúde Mental Infantil

Ademais, a compreensão de que a diabetes é incurável é um desafio constante para as crianças e para a família, as quais precisam lidar com todas essas situações.

Entretanto, um tratamento com limitações e restrições, se não manejado de forma adequada, pode impactar de forma considerável a saúde mental infantil promovendo isolamento, baixa autoestima, diminuição da socialização e comprometimento do desenvolvimento, aumentando a incidência de ansiedade, depressão e transtornos alimentares na fase adulta.

Aceitação e Adesão ao Tratamento: O Impacto na Qualidade de Vida

Por fim, o contexto da doença pode gerar medo, insatisfação, dor, dificultando a aceitação e a adesão ao tratamento, o que pode acarretar um maior prejuízo na qualidade de vida.

Contudo, o tratamento, apesar de complexo, quando realizado de maneira adequada, pode promover impactos menores, preservando e promovendo uma boa qualidade de vida.

Dessa forma, reforça-se a necessidade do tratamento multiprofissional desde o início do diagnóstico, levando em consideração aspectos biológicos, sociais e psicológicos.

Referências:

de Barros Silva, M. E. W., de Lima, V. P., Cardoso, M. C. V., de Lira, D. R., da Silva Santos, M. T., Alves, Y. K. G., … & Menezes, R. G. K. (2023). Diabetes Mellitus tipo 1 e seus impactos na infância. Brazilian Journal of Development, 9(1), 2134-2150. 

Carvalho, A. P. V., Neiva, L. C., de Souza, M. P. R., & de Araújo, A. H. I. M. (2022). Desafios no enfrentamento da diabetes mellitus tipo 1 em crianças e adolescentes: revisão de literatura. Revista JRG de Estudos Acadêmicos, 5(11), 456-470. 

Pereira, T. N., Nanone, G. T., & Puglisi, M. A. (2021). O DIABETES MELLITUS NA INFÂNCIA. Revista Corpus Hippocraticum, 1(1). 

 

 

Compartilhe nas redes sociais

Clude Saúde

CNPJ: 32.922.514/0001-90

Rua Doutor Miguel Couto, 53 -São Paulo, SP.

Sobre nós

Não somos um plano de saúde.

Inscrição conselho regional de medicina de São Paulo: 1011210 

CRT nº 65273/65236/147516 Coren-SP

Inscrição no Conselho Regional de Psicologia de São Paulo (CRP – 06): 15941/J

Inscrição no Conselho Regional de Nutrição de São Paulo (CRN-3): 19596

Inscrição no Conselho Regional de Educação Física de São Paulo: 020931-PJ/SP

Responsáveis técnicos

Diretor Técnico-Médico: Vito Ribeiro Venturieri (CRM-SP 202075 E RQE: 95004)

Enfermeira Responsável Técnica: Beatriz Maia Prado (Coren-SP 706310)

Nutricionista Responsável Técnica: Mirelle Marques (CRN-3 52460)

Psicóloga Responsável Técnica: Paula Teixeira (CRP- 06/ 148720)

Responsável Técnico: Michel Alves de Campos (CREF 24300-G/SP)